domingo, 16 de dezembro de 2007

Atrasos

Aconteceu há algumas semanas:

Dormi depois das 5 pra acordar antes das 9 fazer a minha tradicional viagem de volta pra casa.
Acordei antes das 9 e com o intuito de dormir mais 5 minutinhos acabei acordando quase 10.
Já que tinha perdido o horário do ônibus resolvi dormir até um pouco antes das 11 para pegar o ônibus ao meio-dia.
Cheguei na rodoviária faltando 5 minutos para o meio-dia e vi o ônibus saindo, antes do horário, me fazendo pensar como que eu faria algum almoço sem comida alguma, tive que ir então à algum restaurante.
Embarquei no ônibus as 14:15, exatamente no horário em que eu tinha algum compromisso que já não me lembro mais qual era.
Mas fazer o quê, adoro um atraso.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Humor de Segunda

Fiquei em Passo Fundo nesta segunda-feira para cortar o cabelo. Está na hora já, e também dizem que é importante manter a aparência, cabelo cortado e barba feita. "É um dos segredos do sucesso" - disse-me uma vez um amigo meu em pleno estado de embriaguez.

Tenho que cortar o cabelo sempre aqui, é um compromisso que eu assinei com aquele barbeiro de 5ª que ameaçou não deixar mais eu dormir se me visse de cabelo cortado sem eu ter ido lá. Tudo por que eu perdi uma aposta, mas isso não vem ao caso. Até acordei cedo, o que é irrelevante, por que se eu tivesse em Frederico teria que acordar cedo para ir pra aula. Mentira. Hoje não tem aula de manhã. Fugi do assunto.

O foco é que hoje é um dos raros muitos dias que eu acordo com o humor de J.J Jameson (eu amo esse trabalho/compre flores para minha mulher/está despedido!) mas é tudo culpa da segunda-feira mesmo. E sobre o ir cortar o cabelo, acho que não vai dar. Não tem ninguém e eu ouvi comentários de que hoje é feriado em Passo Fundo, mas sinceramente não sei do quê. O jeito é passar mais uma semana sem enxergar direito, ou não dormir nunca mais.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

26 de Novembro

É impossível se lembrar de todos as datas do ano, são 365 dias, a maioria deles comuns, a maioria deles passam despercebidos pela rotina em que todos vivemos. Eu só costumo lembrar das datas mais importantes mesmo, aniversários de parentes e feriados, porém há 2 anos atrás o dia de hoje, 26 de novembro, passou a ter um significado especial, mesmo não ter sido proclamado nenhum feriado e nem ter nascido algum primo, irmão ou qualquer outro parente meu.

No dia 26 de novembro de 2005 eu assistia em casa com meu pai, Grêmio e Náutico, um jogo que eu acreditava que seria fácil, um jogo em que certamente o Grêmio, meu time do coração, voltaria para a primeira divisão do futebol brasileiro, lugar do qual nunca deveria ter saído. A partida já tinha sido iniciada e mesmo vendo um futebol digno de várzea eu mantinha a certeza que aquele era um jogo ganho, quase que para cumprir tabela, jamais passou pela minha cabeça mesmo que por um milésimo de segundo que meu time não subiria para a primeira divisão.

Era um ensolarado dia de sábado, eu vestindo uma camiseta do Grêmio de 1995 que me lembrava dos tempos gloriosos do tricolor gaúcho. Nem me dei ao trabalho de sair para ver o jogo na rua ou ficar com a visão fixada na televisão fazendo mandinga, a certeza que o Grêmio venceria era absoluta, posso dizer que comecei a assistir displicentemente a partida. Então, ainda no primeiro tempo, um pênalti a favor do Náutico, foi o primeiro dos muitos sustos e apavoramentos que aquele dia me causou. A partir daquele momento comecei a assistir com mais atenção ao jogo, encarei o jogador do Náutico como se eu estivesse prestes a presenteá-lo com uma maquiagem de cor roxa em seu olho, e deu certo. O jogador da equipe pernambucana chutou a bola na trave e eu dei o meu primeiro pulo dos incontáveis, inumeráveis e insaciáveis pulos do sábado.

O primeiro tempo tinha acabado, o jogo permanecia 0 a 0 e eu ainda me mantinha tranqüilo, com a cabeça no lugar, com a mesma certeza absoluta de que o Grêmio venceria a partida. Assisti o segundo tempo pedindo a cabeça do então treinando do Grêmio, Mano Menezes. O time não jogava nada, demonstrava um futebol vergonhoso, enquanto o Náutico perdia chance atrás de chance de abrir o placar, e o técnico gremista deixava o craque do time, o jovem e desconhecido Anderson no banco de reservas. Não entendia como um treinador poderia ser tão cabeça dura a ponto de deixar o que tem de melhor fora do jogo, até que sua teimosia teve fim e ele colocou o guri para jogar.

O jogo começou a se tornar um pesadelo quando o lateral-esquerdo chileno Escalona foi expulso, por volta dos 30 minutos do segundo tempo. Ainda acreditava, mesmo com o Grêmio sendo sufocado pelo Náutico. O lance do jogo que fez com que meu mundo parasse aconteceu quase aos 40 minutos da etapa complementar. O jogador do Náutico chutou e a bola bateu no cotovelo do volante gremista Nunes, que estava na frente da área e o árbitro interpretou o lance como pênalti. Depois disso eu não soube o que fazer, a sorte de meu televisor de 20 polegadas com vídeo embutido foi que o que eu estava segurando e voou de encontro ao televisor era uma almofada e não algo pesado. Assisti ainda expulsão do Patrício e do Nunes que agrediram o juiz e logo em seguida do Domingos que jogo a bola para longe. Era o pior dos terrores, eu quando era criança era atormentado pelos filmes do Freddy Krueger, mas naquele momento o terror foi muito maior, aquele não se tratava de um jogo qualquer, nem mesmo de uma decisão, era uma vida, o tricolor de jeito nenhum poderia permanecer por mais um ano na segunda divisão, o time começaria a decair, e sabe lá quando subiria de novo à elite.

A partida permaneceu paralisada durante 25 minutos, corria boatos de que o Grêmio ia se retirar de campo e não deixaria o Náutico bater o pênalti, enfim, houve de tudo, e enquanto isso eu assistia àquele aglomerado de pessoas dentro do campo discutindo sem resolver a situação. E então se tomou a decisão final, o Náutico bateria o pênalti e o Grêmio com 4 jogadores a menos voltaria ao campo. Depois que a realidade voltou ao normal, eu sentei na minha cama, abracei e apertei outra almofada e mentalizei: “Pega Galatto”. Quando o jogador partiu para a cobrança e eu vi que a bola não entrou eu descontei novamente minha ira na coitada da minha televisão e saí correndo, pulando, gritando, berrando, possuído por alguma coisa que eu não sei dizer. Fui para a sacada, gritei, mandei meus vizinhos colorados do andar de cima que estavam fazendo festa lá para aquele lugar e tudo mais. Ouvi na seqüência meu pai gritando “gol do Grêmio”, cometi um ato de desrespeito, mandei-o calar a boca e parar de tirar sarro, então ele me chamou para ver o replay e eu não acreditei quando eu vi. O garoto de 17 anos, Anderson, que ficou quase a partida inteira na reserva fez o gol da vitória e da volta do tricolor para a primeira divisão.

Depois disso eu passei a lembrar de mais datas importantes e marcantes durante o ano, lembro dos aniversários, dos feriados e claro lembro do 26 de novembro, jamais poderia esquecer esse dia.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A odisséia de morar sozinho: Prólogo

Sou um magro adolescente - por vezes pré-adolescente - de dezenove anos, quase vinte. Há um pouco mais de um ano eu comecei a atravessar as ruas mais depressa, isso por que saí da capital, fui para o interior e depois me aprofundei mais ainda no interior do Estado, recém tinha passado - por méritos pois estudei cerca de uma hora por semana - no vestibular.


Na primeira semana morando sozinho eu já não podia mais almoçar em casa, a pia estava congestionada e faltavam pratos e talheres limpos, então eu fui pela primeira vez a um restaurante, e de lá não saí mais. Bom, tive que sair por volta das onze da noite quando estavam fechando o local, me acharam no banheiro masculino sentando na privada fumando e ouvindo Bob Dylan. Minha primeira lição da odisséia de morar sozinho: Usar pratos descartáveis.


Só uso meias da cor cinza, é um costume que eu tenho desde criança, minha mãe sempre comprava meias cinza porque estavam todos os dias em liquidação e eu acabei me habituando, toda a vez que eu olho pro meu pé já enxergo cinza. Então na segunda semana fui obrigado a comprar uma vassoura pois já estava confundindo minhas meias com o piso, tudo na maior normalidade. Isso me fez passar o fim de semana inteiro pensando se valeria a pena arrumar um emprego, algo não muito desgastante, e contratar uma empregada para limpar e melhorar meu ambiente. Pensei demais e acordei na segunda-feira de manhã atrasado para a aula, deixei por isso mesmo.


C
omecei a fumar aos catorze, parei nos dezesseis e voltei aos dezessete. Até hoje foram incontáveis tentativas de deixar o cigarro, porém com a frustração que padeceu em minha cabeça decidi parar de parar. O pulmão é meu e eu já subornei um cirurgião para ganhar um novo em no máximo quinze anos. Mas fumar custa caro, corrói mais o bolso do que a respiração, por isso tive que começar a me acostumar a viver sem comer bolachinha recheada.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Sabedoria do Tio Orkut

Sorte de hoje: O vício de hoje pode se tornar a virtude de amanhã

Orkut sábio, alcoooolissmo nunhjjka ffoi ]e nnuncca zeráã uuüm prrronbboblemaaaaa

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Amor, nerd amor

- Não me trata assim, por favor! Eu te dou o emule, o msn e o linux que tu quiser!

- Grr seu idiota, eu odeio o emule! Prefiro torrent! Sempre preferi torrent!

Depois dessa declaração ele voltou pra casa desiludido, como se um vírus tivesse penetrado em seu sistema e destruído todos os seus bytes de amor. Tinha certeza absoluta de que ela era louca pelo emule, e quando soube do contrário viu que ambos não tinham nada em comum.


- Foda-se! Vou limpar meu disco e não vou fazer nenhum backup!


Chegou em casa e livrou-se de todas as coisas que faziam com que se lembrasse dela. Começou apagando os logs e terminou formatando o computador.

domingo, 4 de novembro de 2007

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Would you believe in a love at first sight?

Quando eu era menor, devia ter uns 4 ou 5 anos fui pela primeira vez a um casamento. Eram as bodas de um tio da minha mãe, que devia ter uns 40 anos.

Nesse casamento foi quando pela primeira vez um olhar com uma garota se tornara diferente. Não foi meu primeiro amor, mas foi aonde eu percebi que as garotas podiam ser bem mais divertidas de outra forma. Eu a olhava com intensidade e ela me retribuía os olhares, então demos as mãos e entramos na Igreja à frente dos noivos.

Lá dentro, nós continuávamos a nos olhar, de forma apaixonante para os mais velhos presentes na cerimônia, até mais apaixonantes que os próprios noivos, permanecendo de mãos dadas. Daria um longa-metragem. Mas isso não foi nada perto do que eu conheci depois no mesmo dia.

Entrei no clube onde foi feita a festa de casamento com meus pais. Não lembro da comida, nem de nada, apenas que após a valsa uma música começou a tocar e eu levantei da cadeira. Meus ouvidos nunca foram tão bem tratados como daquela vez, eu estava ouvindo em outra freqüência e pensando em outros planetas. Não entendia nada do que aquelas vozes queriam dizer, mas elas eram tão bem elaboradas, tão bem afinadas para os meus ouvidos que me assustei com a monstruosidade de seus timbres.

Mesclando essas vozes com um ritmo magnífico, empolgante e até dopante, observei as pessoas dançarem uma na frente das outras, sorrindo, cantando, com os olhares tão compenetrados, inventando novos passos que eu nunca tinha visto. Permaneci de pé, paralisado, até ela acabar, conhecendo meu verdadeiro primeiro amor. Foi a primeira vez que eu escutei Twist and Shout.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Jai guru deva, Om

Se eu selecionasse, juntasse e catalogasse todas as coisas em que me delicio em pares, de todas não haveria fusão mais espetacular, mais colossal, mais sensacional.

Em dezembro, no Brasil, ou piratão a partir de sempre, o então futuro filme do ano!

http://www.acrosstheuniverse.com/

"They lived without rules. They loved without fear. But as the world changed. So did they."

Só ainda não sei se prefiro os Beatles no cinema ou o cinema nos Beatles.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Curtindo A Vida Adoidado

"A vida acontece bem depressa. Se, de vez em quando, não parar pra aproveitar, vai acabar não vivendo."

Assisti hoje mais uma vez esse clássico da Sessão da Tarde. Curtindo a vida adoidado é um grande filme que me lembra dos tempos em que eu fazia todo o dia o que o Ferris demorava semanas planejando fazer. Êta ex-vida boa.

sábado, 15 de setembro de 2007

Dando um tempo

Depois que eu acordei as 8 horas da manhã com um gosto de cabo de guarda-chuva pela 5ª vez na semana e no 5º dia da semana me senti um lixo como nunca tinha sentido antes. Não no aspecto físico, pelo contrário, acordei me sentindo muito bem fisicamente. Se eu tivesse passado a noite em uma cama gigantesca com a mulher dos meus sonhos e ainda tendo ganho café da manhã na cama não seria o suficiente pra fazer eu acordar me sentindo tão bem como acordei hoje.

E é como uma daquelas manhãs reflexivas. A manhã que todo compositor sonha em acordar, puxar o violão, escutar o canto dos pássaros, olhar as pessoas na rua e executar de primeira a obra de arte de sua carreira, verdade.

Porém se fosse só flores o fígado viver perigosamente eu não teria sido tão estúpido ao ponto de reprovar na faculdade, perder horário de médico, perder horário de ônibus, enfim, horários, meus piores inimigos. Sou a maior contrariedade da pontualidade britânica, se eu morasse em Londres ou qualquer outra cidade inglesa, aí sim eu teria verdadeiros problemas.

A questão de esquecer em que dia da semana eu estou é o de menos, mas já tomei minha decisão, vou beber três dias por semana e não cinco.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Adeus escova

Depois de 4 meses resolvi procurar uma faxineira para tirar a aparência moribunda do meu apartamento. Marquei as 7 da manhã que era o horário que eu sairia de casa se não tivesse me atrasado e acordado as 7:05 com a campainha tocando. Levantei correndo, abri a porta, escovei os dentes, me vesti e saí de casa em tempo recorde, mas quase perdendo o ônibus, dessa vez ele foi amigo, parou e me esperou.

Cheguei em casa de tarde e me maravilhei com o brilho do apartamento, nem parecia meu! Não achei uma sujeirinha, um pozinho, uma louça suja, nada! Eu estava querendo me casar com ela, quando fui escovar os dentes e notei que as cerdas da minha escova estavam pretas. Vaca filha da puta!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

We don't need no education

Desconta logo minha nota e não fica fazendo ceninha e tendo chilique por causa de suas queixas pessoais!


Foto: Christopher Gilbert

domingo, 12 de agosto de 2007

Hoos!

Subi no palco e parece que tudo tinha aumentado de tamanho. O microfone estava gigantesco e o próprio palco parecia ter quilômetros de área. A acústica era horrível, tocar em ginásio é foda, nem Pink Floyd seria capaz de fazer um som bom naquelas condições, mas tocamos bem, tirando duas coisas chamadas cabo de guitarra e mão mole de Alehandro, que quase conseguiu me acertar as costas com uma das baquetas.

Mas o saldo foi positivo para nossa primeira apresentação, não fomos vaiados, não nos jogaram tomates e conseguimos aparecer, que é o que conta.

Com todo esses contratempos conseguimos um quarto lugar - poderia ter sido um terceiro se eu tivesse subornado os jurados, mas aí eu não teria grana pra comer um cachorro-quente - e um troféuzinho simbólico que não vale porra nenhuma, mas a gente finge que vale. E o Franco ganhou melhor vocalista e outro troféu, mas esse vale sim. Agora a gente vai criar vergonha na cara e gravar algo decente.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Refeição Caprichada

Cheguei hoje em casa tranquilão, trabalho acabado, um a menos dos tantos que ainda tenho que terminar, mas já é um alívio. Então fui na cozinha e fiquei decidindo o que serviria hoje no jantar para mim e para mim mesmo, fiquei na dúvida entre as várias duas opções: torradas ou miojo. Optei pela segunda e pelo sacrifício de ter que lavar toda a louça para ter aonde cozinhar e aonde comer e com o que comer também, ah! e com o que tomar.

Abri o armário e tomei em mãos meu sabor preferido: carne com tomate. Esquentei a água enquanto fazia algumas coisas que não lembro mais o que eram e pus, finalmente, o miojo na água. Saí da cozinha e comecei a fazer denovo algumas coisas, acho que estava começando a escrever um post. Permaneci sentado escrevendo durante uns dois fugazes minutos e voltei até a cozinha para ver como estava o andamento do meu jantar. Achei estranho, pois eu mexia, mexia e parece que a massa não cozia, então eu olhei para o fogo e o vi apagado, tornei a acender a boca do fogão e nada. Puta que pariu! pensei na hora. Acabou o gás!

Fiquei puto da vida, passou pela minah cabeça diversas idéias de como continuar a fazer o miojo, entre elas segurar a panela com uma mão e com a outra segurar o isqueiro ligado até terminar, mas acho que não adiantaria muita coisa. Então continuei mexendo e mexendo com o fogo desligado, só a água quente para ver se dava uma cozinhada ainda.

Mexi a massinha durante uns 5 minutos e cansei, resolvi comer assim mesmo. Não estava mais duro, tinha cozinhado um pouco, mas tava no pior estágio possível. Se eu não tivesse colocado na água e comido puro teria sido bem mais saboroso, não adiantou ser o meu sabor preferido para a gororoba ficar boa. Mastigava, mastigava e aquilo parecia um chiclé, de cara pensei no Tuta, sempre que penso em chiclé me vem aquele merda na cabeça, por que é só isso que ele sabe fazer, mascar chiclé, gol que é bom nada.

Continuei, guerreiro a comer, mas não dava, sabe quando você mastiga, mastiga, mastiga mais um pouco e vê que não dá, aí você resolve engolir. E foi assim, não comi miojo, engoli miojo, pensei em um monte de besteira e meu psicológico tá fazendo com que eu me sinta mal do estômago depois que comi esse macarrãozinho podre. Que merda, to sem gás!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Quanto mais me aproximo...

...mais distante você fica, ônibus maldito!To achando que isso é pessoal.
Ah se eu tivesse comido uma torrada a menos...


E a saga continua, com mais temporadas que Os Simpsons.

Sem fios

Sempre me falaram que eu seria careca, por causa da minha falha capilar parietal que eu só tomava conhecimento através das pessoas que me chamavam atenção, mas que eu nunca parei em frente ao espelho e tentei acha-la. Hoje eu vi, em uma foto, aquele ponto branco em meio a tantos fios castanhos e que chamam certa atenção.

Não acredito muito nesses produtos, xampus e etc que previnem a calvície, mas acho que vou começar a usufruir dessas “frescuras”. Foda-se se é frescura, se tem algo que eu não gostaria de ser, esse algo é ser careca. Quem já me viu sem cabelos sabe do que eu estou falando, não acho interessante ficar o resto da vida parecendo soro positivo recém saído da quimioterapia.

Porém, se eu puxar o Seu Farias, isso será inevitável. Ponto negativo para os genes do velho.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Hoos!

Acabei de inscrever a banda em um Festival em Marau dia 11 de agosto. Dizem que o primeiro lugar ganha a gravação de um cd, dizem.

O bom é que eu estou no final do semestre, com alguns trabalhos e um monte de tempo pra ensaiar -.-. Mas que se foda o importante é aparecer mesmo. E aparecer a gente sabe, agora só falta a gente tocar bem.

Então espero que os jurados gostem de canções sobre garotas mal agradecidas e relacionamentos mal sucedidos.

Fui que meu tempo livre hoje já se esgotou. Hasta la vista.

domingo, 22 de julho de 2007

Corra que a polícia vem aí

Então eu acordei no domingão antes do meio-dia depois de muitas semanas. E nem a chuva ousaria estragar o grande domingo que recém tinha começado. Primeiro pelo churrascão, segundo pela cerveja e terceiro pelo Grêmio que eu teria certeza que venceria o Flamengo freguesão.

Almocei na casa da minha tia em Porto Alegre e fui, sem esperar a sobremesa no mercado comprar saborosas cervejas, bebê-las e depois sim ir cedo para o Monumental.

Vou direto ao assunto por que estou muito de cara e lembro muito pouco do que aconteceu. Eram mais ou menos 2 horas da tarde e estava eu e mais dois primos caminhando a pé, cantando ebriamente para o Grêmio, não lembro aonde exatamente, só sei que era perto do Nacional, quase no Olímpico já.

Não sei de onde surgiu uma mão em minha frente e não sei como eu consegui desviar. Deve ser por que o autor do soco estava tão ou mais bêbado que eu, que acabou voando reto no asfalto e de lá não levantou mais. A queda foi fatal, o trombadinha caiu nocauteado pelo próprio desequilíbrio. Então eu ri durante uns dois segundos até ver “a coisa estourando”. Admito que foi lindo, nunca tinha visto tamanha hostilidade de tão perto. Avistei um primo meio que fugindo ou desviando ou sei-lá-o-quê de não-sei-quem perto de não-sei-aonde. Olhei tudo ao redor e me senti extremamente eufórico, algo que certamente as pessoas concluem ser um resultado da bebida, mas não foi só isso, foi o efeito da multidão também.

A multidão começou a correr na mesma direção. Ouvi gritos de “vaza que os gambé tão na cola” e mais alguns que não recordo exatamente, mas tudo do mesmo naipe. Acompanhar a multidão era inevitável, ela te leva junto, e resolvi correr, corri demais umas duas quadras e quando já estava perdido de todos, quase sozinho virei à direita e...Brigada Militar.

O meu azar começou ali, delegacia, inquérito, depoimento e etc. E teve fim quando fui liberado com alguma rapidez, por ter apenas sido confundido com um torcedor que havia quebrado um orelhão e por nunca ter me envolvido em confusões desse porte anteriormente.

Depois de todos esses contratempos fui para a casa e assisti ao jogo pela televisão. O Grêmio ganhou e eu não bati em ninguém, mas pelo menos não apanhei. Mas que nada, será uma boa história pra contar para os netos. E o Tricolor é o terceiro!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

O tal do bar

Filas! Pense em filas, e em demora, e em passar fome, e em lanche caro e mais ou menos. Pense em um atendente que não anota os pedidos, simplesmente vai mandando a cozinheira - muito pouco higiênica por sinal - ir fazendo xis, torradas, pizzas, pastéis, cachorro-quentes desordenadamente.

Um lugar pequeno, tão apertado que resulta em copos derrubados de refrigerantes e cafés, em alguns tropeços e desconforto.

Esses dias o tiozinho me tomou a bisnaga de maionese das mãos:
- É, tu acha que eu vou te dar isso pra comer pastel? Isso aqui é caro, eu dou só pra xis, toma um sachê.

Esses dias o tiozinho não quis fazer pizza:
- Eu não vou assar uma pizza só, se quiser tem que comprar mais uma. Se eu ficar gastando gás pra fazer de uma em uma eu não tenho lucro.

Quase que diariamente eu tomo meu café lá, tudo por que eu fico dormindo até o último momento possível e saio de casa atrasado quase perdendo o ônibus, sem tempo de comer nada.
Quase que diariamente eu tomo um café e como um pastel. O cHafé é mais aguado que a Sol, ele deve render uns 300% a mais que o normal, são cinquenta centavos por um copo pequeno de água e cerca de meia colher de café, no máximo. E o pastel é um banho de banha, ainda vou fazer um teste, acho que a gordura que respinga enche até o final, quase transbordando, um copo de martelinho de cachaça.

E tem também uma galerinha que não almoça e fica ocupando as mesas para jogar truco. Eu jogo, mas também almoço, ou antes ou depois, inclusive esses dias foi durante. Mas perdi a conta de quantas vezes quis tirar a tapa alguém de lá. Que suma! Tem mesas sobrando no bosque encantando do colégio, perto da churrasqueira e do Lago Ness.

E o único efeito que eu tenho certeza que esse bar me causa é aumentar o meu colesterol. O que sobra de gordura, falta em caféina.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Segurança Aérea

Ontem me dessintonizei do mundo. Passei o dia inteiro com a televisão desligada e a internet também. Não li jornais, revistas, fiquei avoado dos acontecimentos até as 10 horas da noite, quando entrei na comunidade Grêmio-VIP e reparei um tópico que falava sobre a relação entre o Grêmio e um acidente aéreo. Abri o tópico e o li, fiquei apavorado. Não só por que a delegadção meu time poderia ter morrido, mas também por que justo o dia em que eu escolhi pra me desconectar do mundo acontece uma catástrofe dessas.

E eu ali, por fora totalmente do assunto, rapidamente liguei a televisão e comecei a acompanhar os plantões da Globo e a ler as reportagens pela internet, acompanhando quase de minuto a minuto. Entrei no assunto que sonhei com ele, não lembro o que exatamente, apenas que acordei assustado.

Sorte a minha que não viajo de avião, assim como meus parentes. Não perdi ninguém, mas parte de mim morreria se a delegação do Grêmio estivesse no vôo. E era pra estar. Foi um susto!

Sorte, muita sorte.

Sorte por não depender do transporte aéreo para visitar meus amigos e familiares.
Sorte por não cair na ilusão dos pacotes promocionais em que é mais barato e mais seguro viajar de avião do que de ônibus.

Agora quero ver a Marta Suplicy relaxar e gozar.

Meus sinceros ressentimentos aos gaúchos e brasileiros que estavam a bordo do vôo JJ 3054 da TAM e familiares que não tiveram a mesma sorte.

Já estou começando a pensar em qual será a próxima crise do país quando a do setor aéreo estiver ou não encerrada.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Desvario

Tava dando minha refletida rotineira, olhando para o horizonte, digo para o nada, através da janela da lavanderia. Eu costumo observar os telhados das casas e as janelas dos edifícios da redondeza à procura de algo, mas nunca deparei nada de interessante de madrugada. Essa noite estava cumprindo o protocolo de monotonia da minha vista até surgir um vulto preto sobre o telhado do vizinho.

Era escuro e distante, não conseguia distinguir o que era na verdade tal vulto, então resolvi usar meu superpoder de observador, o olho biônico, e averiguar do que se tratava o dito vulto. Ele andava de um lado para o outro, às vezes parava um instante e na seqüência retornava ao seu movimento aparentemente motor e involuntário de ir-voltar-ir-voltar. De repente surge aquele brilho que, confesso em um primeiro momento me assustou, mas vendo mais detalhadamente notei que era um gato preto, um simples felino boêmio divertindo-se madrugada à fora.

Fiquei encarando o bichano e percebi que também estava sendo encarado. Aquele brilho reluzente do olhar do felino vinha em minha direção e penetrava intensamente através da minha córnea, o meu olhar com o dele, refletindo um ao outro, e o reflexo transmitindo outro reflexo, e outro e outro. Nunca tinha visto um gato daquele porte, mirradinho, tão raquítico como uma criança somaliense anoréxica, porém, aparentemente, cheio de saúde e disposição.

O bichano continuava caminhando sobre os telhados e por alguns segundos dissipava-se na escuridão, deixando aquela cintilação intensa no mesmo lugar, como se fosse uma luz refletida de algum apartamento ou até de um poste.

Eu o encarava com o intuito de assustá-lo e afasta-lo para longe de mim, não por ser um gato preto, não acredito em superstições, e sim por que eu tenho tanta alergia à gatos que alguns fugazes segundos acompanhados por um em um lugar fechado pode fazer com que eu espirre durante todo o resto do dia. Até penso que a maneira mais fácil ou educada de alguém se afastar de mim, sem querer dizer o quanto minha presença incomoda é comprando um gato, ou até mesmo arrumando um emprestado.

E aquele felino continuava perambulando na penumbra, pra lá e pra cá, pelas superfície das telhas, com o mesmo olhar hipnotizante. Acabei por ficar ávido por esse gato preto, me mordendo de raiva por ter sido presenteado com tantas alergias. Até que me senti tão dominado por aquele brilho minúsculo e intenso que de alguma forma parecia que ele me chamava, com aquele feixe linear de luz transmutando-se em uma longa reta com um tesouro no final.

De repente acordei, sentado na janela, quase invadindo o telhado vizinho e me lembrei que a última vez em que eu subi em um telhado eu escorreguei e caí, ileso, mas caí, seco no chão. Desci pra dentro de casa e virei às costas, e quando foquei novamente o telhado vizinho nada havia, estava tudo de volta ao normal, com aquele vento soprando o nada, e me dei conta que aquele gato não passou de um fruto da minha imaginação, uma miragem. Aquele bichinho tão dengoso e carismático e ao mesmo tempo desagradável não existiu.

E a noite passada eu vi fotos de gatos e sonhei com gatos. Por que cargas d’água há gatos por tudo o que eu vejo?

domingo, 15 de julho de 2007

Copinha

Hoje todo mundo virou, subitamente, torcedor brasileiro. Estão todos pensando "chupa argentino amargo!" ou "chora hermano filho da puta", enquanto ontem todos pensavam "a Argentina faz no mínimo três" ou "que se foda o Brasil, nunca vai ganhar da Argentina com esse time".

Eu não torci à favor de ninguém, mas torci sim CONTRA o Riquelme que me roubou um Tri-Campeonato. Melhor que isso só se ele tivesse quebrado as duas pernas e recebesse a notícia de que nunca mais poderia jogar futebol.

Assim, o Brasil venceu a Copa América e "não fez mais do que a obrigação". Se tivesse perdido teria sido um escândalo e o Dunga seria sacado do cargo de treinador. Tenho certeza!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Eu te odeio, professora!

Eu odeio o jeito que tu fala comigo
Eu odeio as tuas aulas monótonas
Eu odeio e não quero saber da tua vida pessoal
Eu odeio a tua didática de ensino
Eu odeio o teu sistema de avaliações
Eu odeio a tua incapacidade de cativar a turma
Eu odeio a tua intolerância
Eu odeio o tom da tua voz
Eu odeio as tuas explicações sem pé nem cabeça
Eu odeio as tuas provas de 5ª série
Eu odeio a tua insolência
Eu odeio as tuas "idéias mirabolantes"
Eu odeio a tua instabilidade mental
Eu odeio o teu amadorismo docente
Eu odeio a tua disciplina

Eu te odeio, professora!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

TIM Festival 2007

Por enquanto:

Arctic Monkeys
Bjork
Juliette & The Licks
The Killers

E ainda terá muitas outras coisas boas.
Mais uma vez as edições ocorrerão em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Vitória.
Sobre as datas só se sabe que deverá ser entre os dias 25 e 31 de outubro.

Já comecei a economizar uma cerveja por dia.

terça-feira, 3 de julho de 2007

TV²

Toda a manhã, fria diga-se de passagem, quando eu acordo, me espreguiço, ligo a TV e vou até a cozinha eu enxergo minha casa pela janela. É tamanha a semelhança que eu fico confuso, não sei se olho para fora ou se olho para a sala. Para fora eu enxergo uma televisão ligada, para dentro eu enxergo outra televisão ligada, a mesma ou muito parecida, ao menos a imagem é idêntica. Então eu olho o relógio e noto que estou atrasado mais uma vez para a aula e tenho que sair correndo para não perder o ônibus, sem poder refletir as duas televisões.

Ao meio-dia, quando chego em casa para almoçar me deparo com a mesma imagem e a mesma dúvida, a janela e a televisão. E é só o que eu vejo, graças a minha vista desprivilegiada em que a cena que mais me chama atenção é o Lasier Martins em um simples televisor de 20 polegadas.

Quando fico em casa à tarde, a janela desnuda de cortinas é inevitavelmente a parte que mais me chama a atenção dentre todos os cômodos e objetos daqui de dentro. É sempre a mesma coisa, a televisão ligada consistindo a mesma imagem da minha sala.

Fico me perguntando o que leva uma pessoa a assistir televisão tanto tempo, assim, sem parar. Faz nove meses que eu moro no mesmo lugar e vejo todo o dia a mesma coisa quando estou saindo de casa ou quando estou chegando em casa, até parece que tenho duas televisões, uma interna e uma externa. As vezes que eu paro para analisar melhor eu enxergo uma mão e uma caneca. A caneca então é movida pela mão e some, durante alguns segundos, até retornar a janela, intacta.

Isso tudo me incomoda muito, esse funcionamento quase que mecânico janela, televisão, imagem, caneca, mão e caneca, todo o santo dia. Me dói os nervos, difunde rotina e acomodação na minha cabeça, tudo do que eu mais fujo e nem sempre consigo.

Malditos vizinhos! Nunca me dei muito bem com eles, mesmo não os conhecendo, mas acho que eu não me daria muito bem com uma pessoa que fica o dia inteiro assistindo a Globo e tomando sei-lá-o-quê em uma caneca branca e azul. Tirarei uma foto quando eu olhar pela janela e encontrar um televisor desligado, será o fato e a foto do ano.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Neblina, Herby e Correria

Já passava das 8 horas da noite e fazia um frio do cão. O chão frio resfriava meu pé inteiro, levemente coberto por uma lona azul mais conhecida como allstar, o vento gelado cortava meu nariz, rasgava minha orelha e ressecava minha boca, e mais o sereno que caía lentamente sobre mim deixando meu cabelo ainda mais oleoso me fez chegar a uma conclusão de que preciso comprar uma toca, só luvas não basta.

Estava encaminhado já, friozinho, caminhada, pensamentos e uma longa reta escura em minha frente. Andei mais alguns passos e não tardou pra surgir no meio da escuridão um fusca apanhando de um cara. Fiquei com pena do fusca, acho um carrinho bem simpático, eu teria um sem problemas.

Mal pisquei os olhos e eu estava quase em cima do fusca. Dei uma observada daquele jeito como não querendo nada com nada, até ouvir “E aí bruxo”. A primeira coisa que me veio na cabeça foi “puta que pariu”.

- Opa! – retorqui já à alguma distância.
- Pode me dar uma mão aí bruxo?
- ...
- Ei, de boa!
- Bah velho! Tenho que correr resolver uns negócios agora. To atrasado.
- É rapidinho. Tranquei meu carro com a chave dentro e agora não consigo abrir.
- Já te ajudo meu. Mas preciso descer aqui a rua antes. De boa.
- Bah se fez né!

Então eu apertei o passo e continuei andando em meio à neblina, enxergando apenas alguns palmos à minha frente, crente que quando eu voltasse o magrão já teria desistido ou levado o carro embora. Cheguei na casa de uns amigos e demorei. Mas demoreeeeei. Só não fiquei pra janta por que simplesmente não tinha janta aquela noite. Então voltei.

A neblina tinha apertado e a garoa se desenvolvia, pronta pra me render uma gripe na manhã seguinte, logo apertei mais ainda o passo, por que frio, chuva e renite não combinam. Acelerando e andando quase que em marcha atlética, avistei denovo o cara do fusca. Mas dessa vez pensei “ih fudeu!” E de fato foi isso que aconteceu mesmo, avistei não só o espancador de fuscas como mais dois gajos com aparências de personas non gratas.

Consegui atravessar a rua sem que notassem que eu tava ali, quase do lado deles, quase sendo cúmplice de um furto de um herby creme. Quando olhei para trás e só vi a cerração respirei aliviado, mas não deu tempo de contar até três.

- Ta ali o piá que foi resolver uns negócios. Quero saber que negócio é esse!

Quando eu ouvi isso, pernas pra que te quis. A única idéia que me veio na cabeça no momento foi correr pra longe dali, já não costumo brigar com uma pessoa, imagine então três. Corri demais, feito louco,como se seu estivesse fugindo de um leopardo, todo torto, deslizando pelo paralelepípedo úmido, sufocando pra não gritar, pois pareceria muito fraco se eu gritasse. Eu tava numa situação paradoxal, enquanto fugia com medo, de três maltrapilhos, me negava a pedir ajuda ou algo que o valha para não parecer cagão. Como eu mencionei, corri como se estivesse fugindo de um leopardo e finalmente cheguei em casa sem ningém me ver graças à neblina, me joguei embaixo de dois ou três cobertores e dormi até agora. Foi um daqueles minutos que duram horas pra passar.

Mundo moderno não é fácil. Mas que nada, estou vivo!


Humor: Cinza

terça-feira, 26 de junho de 2007

Amo Muito Tudo Isso


Sabia que McDonald's em excesso pode levar à falência do fígado?
Isso é só uma das inúmeras consequências nocivas que o palhacinho Ronald pode causar. Mas não tem por que se assustar, ao invés de morrer de cirrose, você pode morrer de parada cardíaca, que deve ser menos dolorido. Não sei, ao menos eu acho que seja, nunca morri.


Por isso que abri mão desses lanches deliciosos e enjoativos depois que comecei a beber. Se é pra morrer que se morra bêbado, e não gordo.







Humor: Saneado

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A arte de perder o ônibus II

PF 24/06/07 - 17:30

- Rodoviária, boa tarde.
- Oi, que horas tem ônibus pra Frederico amanhã de manhã?
- Frederico Westphalen?
- Isso.
- Tem as 15 pras 7 e 15 pras 10.
- Hun, certo. Valeu.

PF 25/06/04 - 06:40

- Pra onde?
- Frederico.
- Frederico agora só as 15 pras 10?
- Oi?
- Só 15 pras 10.
- E o das 15 pras 7?
- Não tem, é as 6 e meia, já saiu.
- Ah tá? Foi tu que atendeu? Liguei antes e me falaram 15 pras 7.
- Não não (risadinha jaguara) .
- Po...rra...
- Tem pra Carazinho.
- Tá, e? Carazinho não me serve.
- Hun...
- Valeu minha senhora, valeu mesmo, respeitarei sua mãe e não vou te xingar. Tchau!


Então, são 7 e meia da manhã, eu perdi mais uma vez o ônibus, tenho prova e um trabalho pra entregar hoje e ainda to em Passo Fundo. Malditos atendentes, a única razão de uma pessoa dessa categoria trabalhar como telefonista de rodoviária só pode ser essa porra de incompetência mesmo. Porra denovo!

Mas que nada, essas coisas acontecem às vezes (sempre). Deixo o stress com os telemarketers. É tão bom faltar aula que me abstenho de qualquer preocupação.


Humor: Sussa...ou não, enfim, não sei

domingo, 24 de junho de 2007

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Padaria Gremista Informa:

O Sonho acabou, mas ainda temos chocolate!


GRÊMIO 2 x 0 inter


Disponíveis nos sabores Lúcio "Speed Power" e Diego Souza "Pataço Of The Devil"


Humor: Chocolátero

quinta-feira, 21 de junho de 2007

A arte de perder o ônibus

PF 23/11/06

- Moça, sabe o que é, meu ônibus sai agora e o caixa eletrônico da rodoviária ta estragado.
- Hun...
- Quanto é pra Frederico?
- 23 com 40.
- Bah, tenho 20.
- Próximo.

FW 01/03/07

- Uma pra Passo Fundo.
- Passo Fundo já saiu.
- Quê? Mas não são nem 2 e meia!
- Essa linha é das 2 horas, moço.
- Puta que pariu, mas nunca chega as 2!
- Mas é o horário. Tem pra Carazinho, quer?
- Tá, vai.

Palmeira 26/03/07

- Opa! Por acaso já saiu o ônibus pra Passo Fundo?
- Sim, agora são, deixa eu ver...4 e 20, ele saiu às 4.
- Saiu? Porra, tô desde as 3 e meia e não vi ele sair. Não é Helios?
- Não, é Unesul.
- Ah merda! Posso vender a passagem?
- Pode.
- Pelo menos isso.

FW 14/05/07

- Opa! Por acaso o senhor viu se o ônibus pro cesnors já passou?
- Não vi, nem sei que ônibus é.
- taqueopariu, valeu!

FW 20/06/07

- Oi. Passo Fundo já saiu?
- Não sei...Já saiu pra Passo Fundo Rita? - Não sei, não vi.
- Tá, como não sabem?
- Acho que não veio, vai querer uma?
- Sim, NÉ!

e etc...

Humor: Bi-Campeão ainda.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Impressões

O goleiro do time da cidade tinha um apelido desde pequeno, devido a seu grande sucesso de infância. Bafo. Bafo não perdia para ninguém nunca, foi considerado um mito pela galera do bairro, quem era amigo do Bafo considerava-se príncipe, até por que rei só tinha um, e o trono já tinha dono. Viraram os anos e o jovem goleiro passou a enfrentar alguns problemas, o primeiro foi encarado com extrema naturalidade, afinal não precisa ser bonito quando se é jogador de futebol, mas o mais grave estava na ambigüidade de seu apelido que não o trazia muitos dias de sol.

No ápice da juventude, aos 18 anos, um gigante robusto, já era titular, e como o XIII de Juvenal Crescêncio disputava a segunda divisão, as partidas limitavam-se as terças e sextas-feiras, deixando os fins de semana livres para a algazarra. A equipe era relativamente jovem, e os atletas dominavam a cidade, todos, sem exceção. Não, havia sim a exceção, pobre Bafo, nunca até hoje foi visto ao lado de um rabo de saia, sequer ganhou uma chance, as garotas tinha medo de seu apelido, também pudera né? E os engraçadinhos que questionavam sua sexualidade acabavam por herdar um olho roxo.

Pela incompreensão de seu apelido, Bafo começou a beber, que é o que geralmente fazem os homens da cidade quando estão sem garotas. O excesso de álcool baixou seu rendimento nos gramados e consequentemente seu salário. Com dificuldades financeiras, Bafo bebia cada vez mais e cada vez bebidas mais vagabundas, cachaça mesmo.

No final das contas, esqueceram o mito que Bafo foi considerado na época de infância, quando vencia a vila inteira nos jogos e nadava em um mar de figurinhas de todos os gêneros. Hoje em dia, Bafo está com 25 anos e todo o natal ele ganha um kit escova de dentes e flúor na cerimônia de amigo secreto do time de XIII de Juvenal Crescêncio.


Às vezes, nós temos uma impressão errada de certas pessoas e as tratamos da maneira que pensamos que elas são. É normal se tornar, na cabeça de quem te julga, aquilo que os outros pensam que você é, mas também há pessoas que mudam de verdade para todos. Aconteceu comigo, e vai acontecer de novo.

Humor: Morno

segunda-feira, 28 de maio de 2007

outravez

Há mais ou menos uns três anos atrás eu tinha um blog, tinha mesmo, mas ninguém sabia ou pelo menos eu acho que ninguém sabia, tipo esse. Eu escrevia, escrevia, mentia, escrevia e mentia mais um pouco. E nada mudou.

Mas eu poderia ficar horas na frente do computador escrevendo sobre coisas que eu não gosto mais e não faço mais, mas ninguém quer saber disso, nem eu! A única coisa que eu sei é que eu to indo estudar, e isso eu não fazia com 16 anos. Pra tu vê!

Humor: Sonolento