domingo, 22 de julho de 2007

Corra que a polícia vem aí

Então eu acordei no domingão antes do meio-dia depois de muitas semanas. E nem a chuva ousaria estragar o grande domingo que recém tinha começado. Primeiro pelo churrascão, segundo pela cerveja e terceiro pelo Grêmio que eu teria certeza que venceria o Flamengo freguesão.

Almocei na casa da minha tia em Porto Alegre e fui, sem esperar a sobremesa no mercado comprar saborosas cervejas, bebê-las e depois sim ir cedo para o Monumental.

Vou direto ao assunto por que estou muito de cara e lembro muito pouco do que aconteceu. Eram mais ou menos 2 horas da tarde e estava eu e mais dois primos caminhando a pé, cantando ebriamente para o Grêmio, não lembro aonde exatamente, só sei que era perto do Nacional, quase no Olímpico já.

Não sei de onde surgiu uma mão em minha frente e não sei como eu consegui desviar. Deve ser por que o autor do soco estava tão ou mais bêbado que eu, que acabou voando reto no asfalto e de lá não levantou mais. A queda foi fatal, o trombadinha caiu nocauteado pelo próprio desequilíbrio. Então eu ri durante uns dois segundos até ver “a coisa estourando”. Admito que foi lindo, nunca tinha visto tamanha hostilidade de tão perto. Avistei um primo meio que fugindo ou desviando ou sei-lá-o-quê de não-sei-quem perto de não-sei-aonde. Olhei tudo ao redor e me senti extremamente eufórico, algo que certamente as pessoas concluem ser um resultado da bebida, mas não foi só isso, foi o efeito da multidão também.

A multidão começou a correr na mesma direção. Ouvi gritos de “vaza que os gambé tão na cola” e mais alguns que não recordo exatamente, mas tudo do mesmo naipe. Acompanhar a multidão era inevitável, ela te leva junto, e resolvi correr, corri demais umas duas quadras e quando já estava perdido de todos, quase sozinho virei à direita e...Brigada Militar.

O meu azar começou ali, delegacia, inquérito, depoimento e etc. E teve fim quando fui liberado com alguma rapidez, por ter apenas sido confundido com um torcedor que havia quebrado um orelhão e por nunca ter me envolvido em confusões desse porte anteriormente.

Depois de todos esses contratempos fui para a casa e assisti ao jogo pela televisão. O Grêmio ganhou e eu não bati em ninguém, mas pelo menos não apanhei. Mas que nada, será uma boa história pra contar para os netos. E o Tricolor é o terceiro!

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