terça-feira, 31 de julho de 2007

Hoos!

Acabei de inscrever a banda em um Festival em Marau dia 11 de agosto. Dizem que o primeiro lugar ganha a gravação de um cd, dizem.

O bom é que eu estou no final do semestre, com alguns trabalhos e um monte de tempo pra ensaiar -.-. Mas que se foda o importante é aparecer mesmo. E aparecer a gente sabe, agora só falta a gente tocar bem.

Então espero que os jurados gostem de canções sobre garotas mal agradecidas e relacionamentos mal sucedidos.

Fui que meu tempo livre hoje já se esgotou. Hasta la vista.

domingo, 22 de julho de 2007

Corra que a polícia vem aí

Então eu acordei no domingão antes do meio-dia depois de muitas semanas. E nem a chuva ousaria estragar o grande domingo que recém tinha começado. Primeiro pelo churrascão, segundo pela cerveja e terceiro pelo Grêmio que eu teria certeza que venceria o Flamengo freguesão.

Almocei na casa da minha tia em Porto Alegre e fui, sem esperar a sobremesa no mercado comprar saborosas cervejas, bebê-las e depois sim ir cedo para o Monumental.

Vou direto ao assunto por que estou muito de cara e lembro muito pouco do que aconteceu. Eram mais ou menos 2 horas da tarde e estava eu e mais dois primos caminhando a pé, cantando ebriamente para o Grêmio, não lembro aonde exatamente, só sei que era perto do Nacional, quase no Olímpico já.

Não sei de onde surgiu uma mão em minha frente e não sei como eu consegui desviar. Deve ser por que o autor do soco estava tão ou mais bêbado que eu, que acabou voando reto no asfalto e de lá não levantou mais. A queda foi fatal, o trombadinha caiu nocauteado pelo próprio desequilíbrio. Então eu ri durante uns dois segundos até ver “a coisa estourando”. Admito que foi lindo, nunca tinha visto tamanha hostilidade de tão perto. Avistei um primo meio que fugindo ou desviando ou sei-lá-o-quê de não-sei-quem perto de não-sei-aonde. Olhei tudo ao redor e me senti extremamente eufórico, algo que certamente as pessoas concluem ser um resultado da bebida, mas não foi só isso, foi o efeito da multidão também.

A multidão começou a correr na mesma direção. Ouvi gritos de “vaza que os gambé tão na cola” e mais alguns que não recordo exatamente, mas tudo do mesmo naipe. Acompanhar a multidão era inevitável, ela te leva junto, e resolvi correr, corri demais umas duas quadras e quando já estava perdido de todos, quase sozinho virei à direita e...Brigada Militar.

O meu azar começou ali, delegacia, inquérito, depoimento e etc. E teve fim quando fui liberado com alguma rapidez, por ter apenas sido confundido com um torcedor que havia quebrado um orelhão e por nunca ter me envolvido em confusões desse porte anteriormente.

Depois de todos esses contratempos fui para a casa e assisti ao jogo pela televisão. O Grêmio ganhou e eu não bati em ninguém, mas pelo menos não apanhei. Mas que nada, será uma boa história pra contar para os netos. E o Tricolor é o terceiro!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

O tal do bar

Filas! Pense em filas, e em demora, e em passar fome, e em lanche caro e mais ou menos. Pense em um atendente que não anota os pedidos, simplesmente vai mandando a cozinheira - muito pouco higiênica por sinal - ir fazendo xis, torradas, pizzas, pastéis, cachorro-quentes desordenadamente.

Um lugar pequeno, tão apertado que resulta em copos derrubados de refrigerantes e cafés, em alguns tropeços e desconforto.

Esses dias o tiozinho me tomou a bisnaga de maionese das mãos:
- É, tu acha que eu vou te dar isso pra comer pastel? Isso aqui é caro, eu dou só pra xis, toma um sachê.

Esses dias o tiozinho não quis fazer pizza:
- Eu não vou assar uma pizza só, se quiser tem que comprar mais uma. Se eu ficar gastando gás pra fazer de uma em uma eu não tenho lucro.

Quase que diariamente eu tomo meu café lá, tudo por que eu fico dormindo até o último momento possível e saio de casa atrasado quase perdendo o ônibus, sem tempo de comer nada.
Quase que diariamente eu tomo um café e como um pastel. O cHafé é mais aguado que a Sol, ele deve render uns 300% a mais que o normal, são cinquenta centavos por um copo pequeno de água e cerca de meia colher de café, no máximo. E o pastel é um banho de banha, ainda vou fazer um teste, acho que a gordura que respinga enche até o final, quase transbordando, um copo de martelinho de cachaça.

E tem também uma galerinha que não almoça e fica ocupando as mesas para jogar truco. Eu jogo, mas também almoço, ou antes ou depois, inclusive esses dias foi durante. Mas perdi a conta de quantas vezes quis tirar a tapa alguém de lá. Que suma! Tem mesas sobrando no bosque encantando do colégio, perto da churrasqueira e do Lago Ness.

E o único efeito que eu tenho certeza que esse bar me causa é aumentar o meu colesterol. O que sobra de gordura, falta em caféina.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Segurança Aérea

Ontem me dessintonizei do mundo. Passei o dia inteiro com a televisão desligada e a internet também. Não li jornais, revistas, fiquei avoado dos acontecimentos até as 10 horas da noite, quando entrei na comunidade Grêmio-VIP e reparei um tópico que falava sobre a relação entre o Grêmio e um acidente aéreo. Abri o tópico e o li, fiquei apavorado. Não só por que a delegadção meu time poderia ter morrido, mas também por que justo o dia em que eu escolhi pra me desconectar do mundo acontece uma catástrofe dessas.

E eu ali, por fora totalmente do assunto, rapidamente liguei a televisão e comecei a acompanhar os plantões da Globo e a ler as reportagens pela internet, acompanhando quase de minuto a minuto. Entrei no assunto que sonhei com ele, não lembro o que exatamente, apenas que acordei assustado.

Sorte a minha que não viajo de avião, assim como meus parentes. Não perdi ninguém, mas parte de mim morreria se a delegação do Grêmio estivesse no vôo. E era pra estar. Foi um susto!

Sorte, muita sorte.

Sorte por não depender do transporte aéreo para visitar meus amigos e familiares.
Sorte por não cair na ilusão dos pacotes promocionais em que é mais barato e mais seguro viajar de avião do que de ônibus.

Agora quero ver a Marta Suplicy relaxar e gozar.

Meus sinceros ressentimentos aos gaúchos e brasileiros que estavam a bordo do vôo JJ 3054 da TAM e familiares que não tiveram a mesma sorte.

Já estou começando a pensar em qual será a próxima crise do país quando a do setor aéreo estiver ou não encerrada.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Desvario

Tava dando minha refletida rotineira, olhando para o horizonte, digo para o nada, através da janela da lavanderia. Eu costumo observar os telhados das casas e as janelas dos edifícios da redondeza à procura de algo, mas nunca deparei nada de interessante de madrugada. Essa noite estava cumprindo o protocolo de monotonia da minha vista até surgir um vulto preto sobre o telhado do vizinho.

Era escuro e distante, não conseguia distinguir o que era na verdade tal vulto, então resolvi usar meu superpoder de observador, o olho biônico, e averiguar do que se tratava o dito vulto. Ele andava de um lado para o outro, às vezes parava um instante e na seqüência retornava ao seu movimento aparentemente motor e involuntário de ir-voltar-ir-voltar. De repente surge aquele brilho que, confesso em um primeiro momento me assustou, mas vendo mais detalhadamente notei que era um gato preto, um simples felino boêmio divertindo-se madrugada à fora.

Fiquei encarando o bichano e percebi que também estava sendo encarado. Aquele brilho reluzente do olhar do felino vinha em minha direção e penetrava intensamente através da minha córnea, o meu olhar com o dele, refletindo um ao outro, e o reflexo transmitindo outro reflexo, e outro e outro. Nunca tinha visto um gato daquele porte, mirradinho, tão raquítico como uma criança somaliense anoréxica, porém, aparentemente, cheio de saúde e disposição.

O bichano continuava caminhando sobre os telhados e por alguns segundos dissipava-se na escuridão, deixando aquela cintilação intensa no mesmo lugar, como se fosse uma luz refletida de algum apartamento ou até de um poste.

Eu o encarava com o intuito de assustá-lo e afasta-lo para longe de mim, não por ser um gato preto, não acredito em superstições, e sim por que eu tenho tanta alergia à gatos que alguns fugazes segundos acompanhados por um em um lugar fechado pode fazer com que eu espirre durante todo o resto do dia. Até penso que a maneira mais fácil ou educada de alguém se afastar de mim, sem querer dizer o quanto minha presença incomoda é comprando um gato, ou até mesmo arrumando um emprestado.

E aquele felino continuava perambulando na penumbra, pra lá e pra cá, pelas superfície das telhas, com o mesmo olhar hipnotizante. Acabei por ficar ávido por esse gato preto, me mordendo de raiva por ter sido presenteado com tantas alergias. Até que me senti tão dominado por aquele brilho minúsculo e intenso que de alguma forma parecia que ele me chamava, com aquele feixe linear de luz transmutando-se em uma longa reta com um tesouro no final.

De repente acordei, sentado na janela, quase invadindo o telhado vizinho e me lembrei que a última vez em que eu subi em um telhado eu escorreguei e caí, ileso, mas caí, seco no chão. Desci pra dentro de casa e virei às costas, e quando foquei novamente o telhado vizinho nada havia, estava tudo de volta ao normal, com aquele vento soprando o nada, e me dei conta que aquele gato não passou de um fruto da minha imaginação, uma miragem. Aquele bichinho tão dengoso e carismático e ao mesmo tempo desagradável não existiu.

E a noite passada eu vi fotos de gatos e sonhei com gatos. Por que cargas d’água há gatos por tudo o que eu vejo?

domingo, 15 de julho de 2007

Copinha

Hoje todo mundo virou, subitamente, torcedor brasileiro. Estão todos pensando "chupa argentino amargo!" ou "chora hermano filho da puta", enquanto ontem todos pensavam "a Argentina faz no mínimo três" ou "que se foda o Brasil, nunca vai ganhar da Argentina com esse time".

Eu não torci à favor de ninguém, mas torci sim CONTRA o Riquelme que me roubou um Tri-Campeonato. Melhor que isso só se ele tivesse quebrado as duas pernas e recebesse a notícia de que nunca mais poderia jogar futebol.

Assim, o Brasil venceu a Copa América e "não fez mais do que a obrigação". Se tivesse perdido teria sido um escândalo e o Dunga seria sacado do cargo de treinador. Tenho certeza!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Eu te odeio, professora!

Eu odeio o jeito que tu fala comigo
Eu odeio as tuas aulas monótonas
Eu odeio e não quero saber da tua vida pessoal
Eu odeio a tua didática de ensino
Eu odeio o teu sistema de avaliações
Eu odeio a tua incapacidade de cativar a turma
Eu odeio a tua intolerância
Eu odeio o tom da tua voz
Eu odeio as tuas explicações sem pé nem cabeça
Eu odeio as tuas provas de 5ª série
Eu odeio a tua insolência
Eu odeio as tuas "idéias mirabolantes"
Eu odeio a tua instabilidade mental
Eu odeio o teu amadorismo docente
Eu odeio a tua disciplina

Eu te odeio, professora!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

TIM Festival 2007

Por enquanto:

Arctic Monkeys
Bjork
Juliette & The Licks
The Killers

E ainda terá muitas outras coisas boas.
Mais uma vez as edições ocorrerão em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Vitória.
Sobre as datas só se sabe que deverá ser entre os dias 25 e 31 de outubro.

Já comecei a economizar uma cerveja por dia.

terça-feira, 3 de julho de 2007

TV²

Toda a manhã, fria diga-se de passagem, quando eu acordo, me espreguiço, ligo a TV e vou até a cozinha eu enxergo minha casa pela janela. É tamanha a semelhança que eu fico confuso, não sei se olho para fora ou se olho para a sala. Para fora eu enxergo uma televisão ligada, para dentro eu enxergo outra televisão ligada, a mesma ou muito parecida, ao menos a imagem é idêntica. Então eu olho o relógio e noto que estou atrasado mais uma vez para a aula e tenho que sair correndo para não perder o ônibus, sem poder refletir as duas televisões.

Ao meio-dia, quando chego em casa para almoçar me deparo com a mesma imagem e a mesma dúvida, a janela e a televisão. E é só o que eu vejo, graças a minha vista desprivilegiada em que a cena que mais me chama atenção é o Lasier Martins em um simples televisor de 20 polegadas.

Quando fico em casa à tarde, a janela desnuda de cortinas é inevitavelmente a parte que mais me chama a atenção dentre todos os cômodos e objetos daqui de dentro. É sempre a mesma coisa, a televisão ligada consistindo a mesma imagem da minha sala.

Fico me perguntando o que leva uma pessoa a assistir televisão tanto tempo, assim, sem parar. Faz nove meses que eu moro no mesmo lugar e vejo todo o dia a mesma coisa quando estou saindo de casa ou quando estou chegando em casa, até parece que tenho duas televisões, uma interna e uma externa. As vezes que eu paro para analisar melhor eu enxergo uma mão e uma caneca. A caneca então é movida pela mão e some, durante alguns segundos, até retornar a janela, intacta.

Isso tudo me incomoda muito, esse funcionamento quase que mecânico janela, televisão, imagem, caneca, mão e caneca, todo o santo dia. Me dói os nervos, difunde rotina e acomodação na minha cabeça, tudo do que eu mais fujo e nem sempre consigo.

Malditos vizinhos! Nunca me dei muito bem com eles, mesmo não os conhecendo, mas acho que eu não me daria muito bem com uma pessoa que fica o dia inteiro assistindo a Globo e tomando sei-lá-o-quê em uma caneca branca e azul. Tirarei uma foto quando eu olhar pela janela e encontrar um televisor desligado, será o fato e a foto do ano.